Estava batendo perna outro dia no centro da cidade quando topei com uma relíquia que me fez repensar a vida.
É que o centro era o de Roma, e o tesouro era esta escultura de 1.700 anos, ou o que restou dela. O pezão de mármore era a base da estátua de 12 metros conhecida como Colosso de Constantino (o outro, o outro).
Não resisti. Ao encarar aquele pé de dois metrōes, me pus a pensar na passagem do tempo, na beleza das ruínas, na transitoriedade dos impérios, e me toquei:
“Pelas colunas de Roma… Pelos cabelos da Vênus! Rapaz, aconteceu mesmo: o Flamengo é tri da Libertadores. Pelas barbas de Netuno!”
Riqueza de detalhes
Deve ter sido a riqueza de detalhes daquela prancha, mas ali decidi meu gesto de agradecimento ao clube pela tríplice glória continental.
Em vez de render tributo somente aos responsáveis pela taça de 2022, decidi: assim que encontrar um deles pela rua, me agacharei e beijarei o pé de nossos três técnicos campeões – o gaúcho @carpegianioficial, o luso Jorge Jesus e o paulista (de Araraquara) @dorivaljroficial. Estejam eles no clube em que estiverem.
Ali ao pé de Constantino, as lembranças foram vindo à tona, a emoção foi dominando, e quando estava me curvando, quase estalando uma bitoca no joanete colossal do Imperador, a razão falou mais alto:
“Ei!”, berrou a razão, incorporada na jovem e eficiente italiana funcionária do museu. “Do not toucha! Non toccare, stupido maledetto!”
Dificilmente poderemos entrar lá de novo, eu, meu irmão e qualquer parente parecido, mas valeu a pena. Alguém aí sabe o endereço do @jorgejesus em Istambul?
Escrito por: Marcelo Dunlop
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