Gabigol, o icônico atacante do Mengão, passa por um momento desafiador no clube sob a orientação de Jorge Sampaoli. Apesar de seu status como titular absoluto e camisa 10, Gabigol enfrenta uma seca de gols de cinco jogos consecutivos.
Essa sequência de resultados é marcada não apenas pelo jejum de gols, mas também por um desempenho abaixo de sua média. Sua menor média de gols desde que se juntou ao Flamengo (0,36 gols por jogo – 9 em 25 jogos) coincide justamente com o período em que Jorge Sampaoli assumiu o comando.
Os Números que Contam a História
Os números contam uma história intrigante da carreira de Gabigol no Flamengo. Durante o comando de Jorge Jesus, o atacante experimentou seu auge como goleador. Sob a orientação do técnico português, Gabigol alcançou números notáveis: 40 gols em 47 jogos, uma média impressionante de 0,85 gols por partida. Ele não apenas se tornou um ídolo do clube, mas também conquistou o título de artilheiro do Campeonato Brasileiro (25 gols) e da Libertadores (nove) em 2019, bem como do Campeonato Carioca (10 gols) no ano seguinte.
Treinador | Gols do Flamengo | Gols de Gabigol | Jogos como titular | Jogos como reserva | Média de gols |
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Jorge Sampaoli | 57 em 32 jogos | 9 em 25 jogos | 24 | 1 | 0,36 |
Vítor Pereira | 36 em 18 jogos | 9 em 17 jogos | 15 | 2 | 0,52 |
Dorival Júnior | 77 em 43 jogos | 13 em 34 jogos | 28 | 6 | 0,38 |
Paulo Sousa | 59 em 32 jogos | 16 em 29 jogos | 27 | 2 | 0,55 |
Renato Gaúcho | 87 em 37 jogos | 18 em 28 jogos | 28 | 0 | 0,64 |
Rogério Ceni | 86 em 45 jogos | 26 em 31 jogos | 30 | 1 | 0,83 |
Domènec Torrent | 42 em 24 jogos | 5 em 12 jogos | 10 | 2 | 0,41 |
Jorge Jesus | 138 em 58 jogos | 40 em 47 jogos | 47 | 0 | 0,85 |
Abel Braga | 54 em 28 jogos | 11 em 21 jogos | 18 | 3 | 0,52 |
Fonte: ge
No período em que Rogério Ceni estava à frente da equipe, Gabigol também se destacou. Foram 26 gols em 31 jogos, resultando em uma média de 0,83 gols por partida. Embora não tenha conquistado títulos de artilharia nesse período, sua contribuição foi vital para as conquistas do octacampeonato brasileiro, da Supercopa do Brasil e do tricampeonato carioca.
O Desafio Sob a Orientação de Sampaoli
Sob o esquema tático de Jorge Sampaoli, centroavantes têm enfrentado desafios para brilhar, e Gabigol não é exceção. O esquema tático argentino, focado em mobilidade e pressão alta, coloca menos ênfase no papel tradicional do centroavante, o que pode explicar em parte a atual fase de Gabigol. Embora Pedro, o artilheiro da equipe no ano com 27 gols, também tenha enfrentado dificuldades para se firmar no time titular, indicando a abordagem tática única de Sampaoli.
Análise das Atuações
As atuações recentes de Gabigol têm sido marcadas por movimentação fora da área e finalizações abaixo da média. Além disso, sua substituição em jogos contra São Paulo e Grêmio indica uma performance não tão convincente. Ainda assim, Sampaoli continua a confiar no atacante, como evidenciado pelo fato de ter sido substituído somente em seu 13º jogo sob a orientação do técnico argentino.
A Perspectiva Atual e Futura
Apesar do momento desafiador, Gabigol carrega um histórico vitorioso no Flamengo e exemplos passados de superação. Como ídolo da torcida e homem de confiança de Jorge Sampaoli, ele está a dois jogos de conquistar seu 12º título pelo clube. A trajetória de Gabigol é uma prova de que o desempenho de um jogador pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo táticas, treinadores e circunstâncias específicas de cada fase.
Em conclusão, a análise detalhada do desempenho de Gabigol no Flamengo sob diferentes técnicos revela a complexidade da jornada de um atleta e como o contexto pode moldar seu sucesso. Através de altos e baixos, Gabigol permanece uma peça fundamental no quebra-cabeça do Flamengo, com o potencial de retomar seu status de artilheiro nato em qualquer momento propício.
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