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    As notas que hoje aqui escrevo são sobre dois confrontos, um que já aconteceu e outro que esta para acontecer: Flamengo 1 x 1 Bangu, que aconteceu na última terça-feira, e Flamengo x Palmeiras, que irá acontecer neste sábado, às 16:30.

    Sobre o primeiro confronto eu não queria escrever nada de início porque acho que a principal partida vai ser no sábado, não somente por ser o Palmeiras, mas também por ser uma final de campeonato. Porém, resolvi bater umas breves notas sobre Flamengo x Bangu por um motivo quase que filosófico: eu tive uma crise existencial nesta partida.

    Bangu x Flamengo

         Em tempo, explico: muito embora este intrépido escriba ame o Flamengo com todas as fibras e vértebras de seu ser, fui criado em Bangu desde pequeno; e, como todo Banguense, tenho um amor inocente – sabe aquele amor que vocês já dedicaram àquela garota da quinta série? – , diria até um amor de menininho inglês byroniano, por este clube que, entre seus torcedores mais ilustres, estão figuras da cepa de um Luís Carlos Prestes e um Leonel de Moura Brizola.

          Enfim…estava eu assistindo àquele marasmo que as pessoas tiveram a audácia de chamar de jogo de futebol (jogo chato para burro!), e ambos os times pareciam que não estavam muito a fim de jogarem. Naquela ocasião, se bem me lembro, estava eu vestido com o manto rubro-negro, como sempre.

    Porém, quando o gigante da zona oeste fez o gol e eu – e talvez a metade mais otimista do bairro – já estava pensando que o Bangu iria voltar feliz para casa, fiz questão de tirar meu manto rubro-negro e colocar o outro: o meu manto alvirrubro. Tirei foto no instagram, postei nos stories beijando a camisa, coloquei o hino, etc, etc,etc, pintei e bordei.

    Logo depois, Flamengo empata. Aí não deu: tive que tirar o manto alvirrubro e colocar o rubro-negro de novo. E ficava nisso, nessa indecisão: Para quem eu torço? Com qual camisa eu saio na rua no dia seguinte? Etc, etc. Parecia que eu estava numa livraria escolhendo entre dois livros muito caros, no entanto muito procurados.

          Vocês vejam: em tempos de internet – onde as pessoas são submetidas a um “sopão de conteúdo”, mas sem possuir um real conhecimento das coisas – as pessoas ficam desinformadas sobre o próprio passado e vivem numa espécie de “imediatismo imanentista”, no qual só o que importa é o presente mais acachapante que vocês possam imaginar.

    Daí essas maluquices de rivalidades milenares se transformarem em arranca-rabos de fim de semana. Mas enfim…como começou a rivalidade Flamengo x Bangu? Creio que nos anos 50, quando o Flamengo tinha acabado de conquistar o famoso tricampeonato carioca. Zizinho – o famoso “Mestre Ziza”, como era chamado – fora um dos artífices daquele tricampeonato.

    Ele era uma espécie de Arrascaeta daquela época (ou o Arrascaeta seria uma espécie de Zizinho pós-moderno?). Toda vez que entrava no jogo, a partida mudava de figura. E ele fazia muito sucesso no Flamengo. Até que o Silveirinha – dono da Fábrica Bangu e presidente do clube – resolveu que era hora de compra-lo. Imaginem: o Bangu era o único time da época a ter um patrocínio (que, no caso, era a própria Fábrica) e, ao contratar Zizinho – que era uma verdadeira celebridade na época – , seria uma forma de popularizar as roupas da fábrica, dar mais visibilidade.

          Não sei ao certo como aconteceu, mas reza a lenda que Silveirinha ligou para o Gilberto Cardoso (que na época, se eu não me engano, era presidente do Flamengo) pedindo para comprar Zizinho e o diálogo entre os dois foi mais ou menos assim:

           – E aí, Silveirinha?

           – Gilberto, quero comprar um jogador de vocês.

           – Qual?

           – Ziza

           – Zizinho? Mas nós temos esse, mais aquele outro e mais outro…

           – Zizinho

           – Tem certeza? Tem esse lateral esquerdo dos juniores que é muito bom…

           – Zizinho

           – Você quer Zizinho mesmo?

           – Zizinho

           – Então leva, droga!

          E, assim, Zizinho encerrou sua passagem pelo Flamengo e foi parar no Bangu, no que talvez se configurou como uma das maiores “cabacices contratuais” que o Flamengo já cometeu, mil vezes pior do que as contratações de Dimba e Peralta.

         Enfim…encerrada estas notas sobre o Bangu, agora vamos para o Palmeiras.

    Flamengo x Palmeiras

         O Flamengo e o Palmeiras irão se enfrentar neste sábado e, não sei vocês, mas eu estou com uma sede de vingança tremenda: quero muito me livrar da humilhação de perder uma libertadores com gol de Deyverson.

    Alguns podem retrucar: – Não, mas ele fez um gol no Flamengo. Temos que respeitar. Gente…pelo amor de Deus, Deyverson é sacanagem. Dá para respeitar um time que faz gol com Deyverson? Ou Breno? Não sei vocês, mas eu me recuso. Eu faço questão de manter minha dignidade futebolística intacta.

         Além do mais, vamos combinar: Flamengo e Palmeiras não se comparam. Por mais que os comentaristas paulistas tentam de toda forma colocar os dois na mesma frase, não dá. O que o Flamengo fez em 2019 vai muito além de título, de uma mera taça. Ele modificou o futebol brasileiro para sempre.

    Se o Flamengo hoje é sinônimo de excelência em futebol, muito se deve ao esquadrão de 2019. Portanto, me recuso a ser comparado com Palmeiras e, mais do que tudo, me recuso a perder para esse time sem charme e sem tradição alguma.

    Não esqueça de comentar e leia também: Flamengo e a Copa do Brasil


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